01/01/2015

Diário de Graças

Enquanto crescemos metem-nos na cabeça que temos de ser os melhores: os mais aplicados, os mais corajosos, os mais criativos. Se não for pelo espírito competitivo é por causa da realização pessoal. Somos mais realizados se trabalharmos para a perfeição. Mas este mote, se não for bem equilibrado, cria-nos dificuldades acrescidas ao lidar com as dificuldades e os falhanços.
Sei que não estou sozinha nisto. Temos dificuldade em dedicar-nos a projectos em matérias que não dominamos. Lidamos mal com a rejeição. O receio de não sermos óptimos, ou mesmo os melhores,  impedem-nos de sequer começar. Isto está muito ligado às questões da auto-estima e funciona como um círculo vicioso: dificuldade em aceitar as nossas próprias limitações conduz a empreendimentos mal acabados que nos tornam infelizes, que por sua vez nos bloqueiam a vontade de prosseguir..

Aquela que me aparece como a solução mais simples, e que, tijolo a tijolo, tem mais hipóteses de sucesso é a de trabalharmos a gratidão. Sermos gratos pelo que somos e pelo que alcançámos faz-nos sentir bem e funciona como um reforço da auto-estima. Sentimo-nos mais realizados, mais fortes, mais felizes.
Como muitas outras coisas, a gratidão não nos é natural, pelo menos para muitos de nós - os menos treinados. Mas há múltiplas formas de desenvolvermos esse músculo e assim fazermos de nós pessoas mais felizes.

Há quem faça depósitos das coisas pelas quais estão gratos, quem o partilhe publicamente, e quem tenha um diário de graças. Eu vou começar um diário assim, onde escreverei em poucas palavras - ou muitas, o diário é meu! - as coisas boas de cada dia. Não quero que seja um exercício de escrita, apenas e só um rol de tudo aquilo pelo que sou grata, uma espécie de oração.

É uma forma cool de começar 2015 (e de ressuscitar o blog) não acham?

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