27/09/2007

Rebenta a bolha!

Sabemos que vivemos num país de 3.º mundo quando uma criança de seis anos cai da varanda porque está em casa a "tomar conta" das irmãs de quatro e dois anos!

Uma mãe solteira tem duas hipóteses: ou deixa as crianças em casa (muito grave) e vai trabalhar, ou fica em casa com as crianças e não vai trabalhar (insustentável!).

E qual é a resposta da autarquia e do estado, que recebem o dinheiro dos nossos impostos precisamente para prover a situações como estas, para a qual o cidadão individual não tem capacidade de solução?

Daqui a três meses falamos, primeiro temos de analisar o seu processo...

E o que é que pode fazer uma mãe nesta situação? "Rebenta a bolha"????? Agora vou para o coito* e volto quando decidirem se as minhas filhas têm vaga na creche?

Sou assim tão inteligente que perceba à primeira que uma mãe solteira com três crianças pequenas, ou tem um ordenado de barão da droga ou não consegue sozinha arcar com as despesas de uma casa, água, luz, gás, alimentação, fraldas, roupa, sapatos e creche privada a triplicar???

Para que é que serve a Segurança Social? Para pagar o rendimento mínimo garantido?

Se eu fosse esta Mãe processava o estado e a autarquia, e exigia o pagamento dos cuidados de saúde, uma indmenização por danos físicos e morais e vaga na creche até mandar as miúdas para a universidade!

E voltamos ao problema de base da sociedade portuguesa, o que permite que estas situações aconteçam repetidamente e até à exaustão, e que é a impunidade. E contra isso, só um país novo...


* Nada de interpretações duplas ;-)

1 comentário:

  1. Pois é Rita, inacreditável, eu sei!
    Tambés já tive o (des)prazer de escrever sobre as vagas nas nossas creches ditas públicas em que ou tens de prever quando a coisa se dá ou inscreves as crianças ainda enquanto nascituros. Bonito!
    O problema dessas mães de que falas é que depois de tentarem (algumas) ser diligentes, desistem e depois a família é desgregada porque são dadas como crianças de risco. Pior, a sociedade parece que ao invés de incentivar a maternidade responsável, quando as instituições não o são acontece a indiferença e a descrença. Quem paga? As crianças... haja esperança!
    bjao enorme***

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